quinta-feira, 14 de maio de 2009

OS OPOSITORES DA RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO



Na política existe sempre a parte da gestão que cabe aos eleitos para tal e a parte da oposição que é assegurada por aqueles que ficaram aquém do objectivo na conquista da gestão. O trabalho da oposição é fazer frente à equipa eleita para a gestão. Nesta luta existem dois campos de batalha que levarão ao mesmo objectivo, fazer com que a oposição entre na gestão e gestão passe para a oposição.

Num primeiro campo a arma da oposição são as fraquezas da gestão, a incapacidade de gerir o que lhes foram confiados. No segundo, a arma utilizada pela oposição é a estratégia de enganar/convencer os eleitores. Em ambos os campos a arma da gestão é a defesa do carácter e apresentação dos trabalhos aos que lhes confiaram para tal.

No município da Ribeira Grande de Santiago (RGS) a batalha está a decorrer no segundo campo. A oposição deixa de chamar-se oposição para se chamar de opositores. Os opositores têm-se demonstrado incapazes de fazer frente aos dirigentes da gestão da Câmara Municipal da RGS.
No acto da aprovação do orçamento para 2009, a equipa da gestão aceitou todas as propostas que a oposição apresentou para o orçamento, no sentido de ver aprovado o orçamento, por sua vez os opositores continuaram a votar contra, porque o objectivo não é fazer a oposição, mas sim opor a tudo.

O município tinha (tem?) problemas na distribuição de água há muitos anos. Em menos de um mês a gestão resolveu o problema com um “click”. Os opositores, aproveitando a ignorância de algumas pessoas, fizeram de tudo para que este melhoramento na distribuição seja bloqueado. São estes exemplos e muitos mais que mostram que a oposição na RGS apenas quer opor a tudo que a gestão está a levar a cabo. Estão a apostar no ataque errado para o campo que escolheram.
Os opositores apelidaram a gestão de “Irmãos De Pina”. Antes de mais, não são apenas os dois irmãos que são da gestão, e todos eles foram eleitos democraticamente pelos munícipes da RGS, do qual depositaram-lhes toda a confiança de levar adiante o município. Em todo o país não se destaca uma câmara mais dinâmica do que da RGS, contudo existe sempre uma fraqueza onde há forças.

Os opositores da RGS já demonstraram ser incapazes de fazer oposição à gestão camarária, ou porque tem demasiadas forças, ou porque então os opositores não sabem ver as fraquezas da gestão. São incontáveis os trabalhos feitos pela gestão em tão pouco tempo, mas é preciso dar prioridade também a mais diversas áreas. Se a gestão está tão forte na política da educação, o mesmo não acontece com a juventude do município que está vencido pelo entretenimento das drogas. Se a gestão está tão forte na política de saneamento e reabilitação social, o mesmo não acontece nas outras áreas estratégicas. São nestes pontos que a oposição devia focar e deixar de apresentar a “figura de parvos”, pois estão sempre a ser desmantelados pelos dirigentes da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.

Por fim os opositores têm de deixar de lado a alcunha “Irmãos De Pina”, pois só pensa assim quem não tem noção do que é ser eleito democraticamente. Devem apostar nas estratégias do qual a gestão não terá como se defender e nunca deixar de lado as suas próprias forças. Só assim se consegue fazer uma oposição credível e estratégica à uma gestão tão forte como a da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.

Gilson Pina – Mestrando na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra


(http://www.liberal-caboverde.com/)

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