sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

CRIANÇAS DA RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO LEVAM CIDADE VELHA A BANSKÁ STIAVNICA


Devido a convite de Banská Stiavnica dirigido à Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, as crianças e jovens deste Município vão participar num concurso para celebrar o décimo sexto aniversário da graduação daquela cidade eslovaca como Património da Humanidade. Recorrendo à sua criatividade, é-lhes proposto levarem Cidade Velha ao conhecimento do povo irmão da Eslováquia, em particular à comunidade estudantil de Banská Stiavnica.


Para tanto, devem ser enviados até 1 de Abril próximo para a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago (Rua do Calhau, CP 02, Cidade Velha, ilha de Santiago), desenhos, pinturas e aguarelas, colagens, entalhes em madeira ou fotografias, tendo como tema Cidade Velha, Património da Humanidade (história e seu quotidiano, gentes e usos costumes, paisagens e monumentos, etc).


Estes trabalhos devem obedecer ao formato tipo de postal de correio (10 x 14 cm), sendo remetidos em envelope com indicação do nome completo do concorrente, idade, escola e respectivo endereço.


Os participantes neste concurso devem corresponder a uma destas três categorias: a) até 9 anos de idade; b) de 10 a 12 anos; c) de 13 a 15 anos.


Os trabalhos serão submetidos a um júri (composto por um representante da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, um representante dos professores deste Município e um representante da sua comunidade estudantil), que seleccionará os trabalhos que depois seguirão para Banská Stiavnica.


Os autores do melhor trabalho em cada uma das categorias recebem um prémio pecuniário de 40 mil escudos.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

MANUEL DE PINA DESAFIA PAICV PARA DISCUSSÃO “OLHOS NOS OLHOS”

Cidade Velha, 25 Fevereiro – “O Governo tem-se declarado inimigo da Ribeira Grande de Santiago”, disse ontem em Pico Leão o Presidente esta Câmara Municipal, Manuel Monteiro de Pina. “Apesar da Ribeira Grande de Santiago ser um dos Municípios mais pobres do País, e apesar de aqui estar a Cidade Velha, Património da Humanidade, e a jóia mais sagrada de Cabo Verde, este Governo recusou-se, até à data, a celebrar um único contrato-programa com este Município. Apesar do enorme desemprego, este Governo recusou abrir qualquer frente de trabalho. O Governo de José Maria Neves comporta-se como inimigo da Ribeira Grande de Santiago”.

Manuel Monteiro de Pina deslocou-se na tarde de ontem a Pico Leão, retomando a prática de “Presidências abertas” pelas diferentes localidades deste Município. Encontrou em Pico Leão uma assembleia muito concorrida, com as pessoas curiosas de o ouvirem depois por ali ter passado dias antes uma comitiva do PAICV. Pina respondeu a todas as questões levantadas, tendo havido consenso para a reabilitação de seis habitações degradadas naquela localidade. “Podiam ser mais, podiam ser o dobro, se o Governo não se recusasse a celebrar contratos-programa connosco”, acrescentou Manuel de Pina.

Estas seis habitações que vão ser reabilitadas, juntam-se ao programa de reabilitação das casas da vizinha Txuba Txobe, que vai avançar com o apoio da Ribeira Grande dos Açores, recentemente geminada com este Município cabo-verdiano. E ficou dada a garantia que estas casas terão também cozinha e casa de banho, não havendo esquecimento de instalar fossas – um remoque às habitações reabilitadas pela Comissão Instaladora do Município, então dominada pelo PAICV, onde houve “esquecimento” de instalar fossas.

“PAICV NÃO TEM DE MEXER-SE CLANDESTINAMENTE”

Na sessão de perguntas e respostas havida em Pico Leão veio à baila a campanha do PAICV contra a Câmara, acusando-a de receber milhares de contos por parte do Governo, não investindo esse dinheiro em benefício da população. Manuel de Pina arrasou. “Dizem que recebemos largos montantes, milhares e milhares de contos que supostamente o Governo nos remete. Qual dinheiro? Onde está ele, que ninguém lhe pôs os olhos em cima? Porque mentem? O Governo envia-nos cerca de 8 mil contos por mês – não é nenhuma dádiva. É dinheiro a que a Câmara tem direito legalmente. Agora as contas são fáceis de fazer – a Comissão Instaladora deixou a Câmara com excesso de pessoal. Isso custa em salários 4 mil contos mês – uma herança da Comissão instaladora. Mil contos vão para apoio e bolsas a estudantes. Outros mil são gastos em combustível para as viaturas: a Câmara transporta diariamente os estudantes para a cidade da Praia. Só para aqui 6 mil e tal contos desses 8 mil”.

Depois de pôr os pontos nos is, Pina desafiou o PAICV: “Esses senhores têm-se movimentado no Município de maneira quase clandestina. Trazem consigo deputados e ministros e nem dão cavaco à Câmara. E aproveitam essa semi-clandestinidade para atirarem, sem contraditório, mentiras e atoardas contra a Câmara Municipal. Dizemos aqui que chega – eles não precisam de se mexer clandestinamente. Venham às localidades, sim senhor. Cabe-lhes esse direito. Estamos mesmo dispostos a ajudá-los. Que venham a descoberto e diante da população de cada localidade, discutam connosco, olhos nos olhos, os problemas reais. Desta forma, acaba-se a mentira despudorada, acaba a intriga e a calúnia. Estamos dispostos a confrontar-nos com eles em qualquer lado e em qualquer dia. É só pedir por boca”. (http://www.liberal.sapo.cv/)

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

IV Encontro dos Estudantes de Ribeira Grande de Santiago em Portugal, Maia - Porto 2010

6 e 7 de Março

Programa

06 de Março (Sábado)

10:00h – Recepção dos estudantes de outras cidades

12:00h – Almoço

14:30h – Assembleia Geral dos ERGS (Fórum Maia)

16:30h – Coffee-break

17:00h – Conferência: “Impacto do património mundial para a Ribeira Grande de Santiago – Desafios e oportunidades” (Fórum Maia)

Oradores:

Dr. Natalino Semedo

Presidente da CMRGS – Dr. Manuel Monteiro de Pina

Presidente do IIPC – Dr. Carlos Carvalho (por confirmar)

19:30h – Jantar

21:00h – Sarau Cultural (Fórum Maia)

Música

Dança

Teatro

Comédia

01:00h – Convívio

07 de Março (Domingo)

11:00h – Torneio de Futebol

14:00h – Almoço (Prato di Terra)

15:30h – Balanço Final e Marcação do V Encontro dos Estudantes de RGS em Portugal

… Encerramento

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

MANUEL DE PINA PRESENTE NO IV ENCONTRO DOS ESTUDANTES DA RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO EM PORTUGAL

A convite da Associação dos Estudantes da Ribeira Grande de Santiago em Portugal, o Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, Manuel Monteiro de Pina, vai estar presente no IV Encontro dos Estudantes da Ribeira Grande de Santiago em Portugal que terá lugar nos dias 6 e 7 de Março, na cidade da Maia (Porto).


Recorde-se Manuel de Pina já participou no III Encontro de Estudantes, que se realizou em Coimbra, no ano passado. Entretanto, a Associação de Estudantes realizou uma sondagem no seu sítio na internet sobre a participação do Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago e obteve o seguinte resultado: 75% responderam “Sim, porque ele é uma figura indispensável”, 16% responderam “Sim, porque a CMRGS apoia o Encontro” e 8% manifestaram-se como “indiferentes”, não havendo qualquer voto contra.


O número de estudantes oriundos da Ribeira Grande de Santiago em Portugal, tem vindo a aumentar de ano para ano, muito contribuindo para isso o apoio da Câmara Municipal que, contrariamente ao praticado pela gestão PAICV durante o período de vivência da Comissão Instaladora, tem tido uma atitude exemplar, não podendo apontar-se um único caso comprovado (ou comprovável) de discriminação partidária.


Manuel Monteiro de Pina aproveitará a sua passagem por Portugal para desenvolver contactos com Municípios portugueses e aprofundar relações que importam para o desenvolvimento da Ribeira Grande de Santiago e para o apoio à Cidade Velha.

ARQUEÓLOGOS BRITÂNICOS ENCONTRAM NOVOS ACHADOS NA CIDADE VELHA



Visão da antiga Ribeira Grande de Santiago terá que ser reformulada



Cidade Velha, 18 Fevereiro – As trincheiras que os arqueólogos da Universidade de Cambridge estão, desde a semana passada, a abrir na Baixa da Cidade Velha já conduziram a novos achados: quase em frente das instalações da Câmara Municipal da Ribeira Grande foram encontrados, em duas camadas sobrepostas, vestígios de dois pavimentos de rua. A camada mais inferior (a cerca de um metro de profundidade), em calçada, datará do século XV ou XVI; a camada superior (uns 20 centímetros mais acima), datará do século XVII, segundo foi dito a Liberal por um dos arqueólogos.


As investigações em curso, que implicam a abertura de valas de acordo com um plano elaborado pelos arqueólogos e aprovado pela Câmara, vêm na continuidade dos achados havidos durante os trabalhos para a instalação da rede de água e saneamento da Cidade Velha. E parecem apontar para a necessidade de repensar a configuração que a cidade da Ribeira Grande teve nos seus tempos áureos. É que foram encontrados vestígios de um cais de mar que se situava em local muito adentrado no que hoje é terra, e um cais fluvial muito deslocado do que é hoje o leito seco da Ribeira. Quer isto dizer que a Cidade se localizava numa parte mais interior do que é hoje Cidade Velha e que a Ribeira era muito mais ampla do que o actual leito seco mostra. Também o casario se situava num plano muito mais adiantado.


Em consequência, o pelourinho da Cidade Velha nunca se ergueu (no passado) onde hoje se encontra – algo que há muito vinha sendo questionado -, nem o terreiro em volta desse pelourinho existiu então e muito menos terá sido “terreiro dos escravos”.


É uma visão nova da antiga Ribeira Grande de Santiago que os arqueólogos estão a revelar. (http://www.liberal.sapo.cv/)

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

RESPOSTA A CARLOS CARVALHO


Meu caro Carlos Carvalho


Lendo o e-mail que tem estado a enviar para diversas pessoas e entidades a propósito das investigações feitas na Cidade Velha por arqueólogos da Universidade de Cambridge, congratulo-me: de facto, você dá-me a oportunidade de pôr os pontos nos iii em muita coisa que, há muito, requer ser desmistificada. De resto, como você próprio diz, "as informações devem ser transmitidas da forma o mais correcta possível, para evitar mal entendidos".

Então vamos aos factos e às memórias que, pelos vistos, andam "um pouco" perturbadas por aí.

Terei que lhe recordar, meu caro, que os arqueólogos britânicos vieram à Cidade Velha pela mão da Universidade Piaget (que o IIPC tem tido o desplante de querer omitir em todos este processo, ao ponto de querer afastar da Cidade Velha o prof. Konstantin, já pelo IIPC marginalizado de todo este projecto)? Que os referidos arqueólogos se confrontaram então com as portas fechadas do IIPC e do Ministério da Cultura, que nem sequer os receberam, e só descobriram a sua existência quando se aperceberam dos resultados (e sua importância) da investigação então feita?

Terei que lhe recordar que a quase totalidade do espólio dessas primeiras investigações, se encontra armazenado (embora catalogado) nas caves do Centro Cultural Português, à espera que alguém os vá buscar?

Terei que lhe recordar que as valas abertas para as tubagens de água e saneamento na Cidade Velha tiveram um mais que deficiente acompanhamento por parte do IIPC e que foi a própria Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago que, face ao descaso tido pelo IIPC, contactou o Professor Konstantin (da UNIPiaget), chamando-lhe a atenção para o que se estava a achar? E que foi o Professor Konstantin quem, de imediato, contactou os arqueólogos da Universidade de Cambrige?

Terei que lhe recordar que, face aos achados, o chamei a si ao meu Gabinete, onde veio na companhia de Martinho de Brito, e lhe falei então na necessidade de ouvir os arqueólogos de Cambridge e que VOCÊ MESMO a isso se opôs, considerando que tal era uma "desconfiança" para com os técnicos do IIPC?

Terei que lhe recordar que, depois de longa discussão entre nós, lhe propus que recorrêssemos a uma terceira opinião (de desempate) e que só então você concordou com a presença desses arqueólogos?

Terei que lhe recordar que, perante o descaso do IIPC, fui eu próprio que assumi a decisão, a responsabilidade e o preço político de manter as valas abertas durante quatro semanas para que se pudesse fazer a recolha e registo dos materiais? E que, apesar dos naturais incómodos que as valas abertas causavam à população, e apesar das insistências da Câmara, o IIPC (o Ministério da Cultura, o Governo) se recusaram a sensibilizar a população para a importância destes achados, aproveitando o PAICV para os mais despudorados ataques à Câmara?

Terei que lhe recordar que, perante a importância dos achados, foi a Câmara que assumiu o ónus e os custos de alterar o traçado das valas para evitar que os elementos arqueológicos fossem afectados, enquanto o IIPC assobiava para o lado?

Terei que lhe recordar que foi a Câmara Municipal que suportou os custos (encargos) de tudo isto, uma vez que o IIPC e o Governo se recusaram a comparticipar?

Terei que lhe recordar que foi a Câmara Municipal quem, abordada pelos arqueólogos da Universidade de Cambridge, autorizou a abertura das trincheiras que estão agora à vista?

Quando leio o seu desplante em frases como "As últimas vindas dos arqueólogos foram todas em concertação com o IIPC", "A vinda dos arqueólogos aquando das escavações das valas para água e saneamento foram também concertadas com o IIPC", concluo que você, Carlos Carvalho, além de sofrer de falta de memória, perdeu a noção do pudor e da responsabilidade.

Face a tudo isto, digo-lhe: chega! Já basta o que de muito mau tem vindo a acontecer neste processo do Património Mundial, onde você tem sido um parceiro menor e quase sempre prejudicial, acabando por querer marginalizar aqueles que, como Charles Akibodé, foram verdadeiros protagonistas de algo que honra Cabo Verde. Há muito que você atingiu o "princípio de Peter" - não abuse.

Tomo para mim, e relativas a si, as últimas palavras neste seu e.mail: "No quadro das boas relações existentes entre nossas duas instituições, muito agradecia que se repusesse as verdades em relação a todos esses projectos, para que o clima continue no espírito de Sevilha que cultivamos todos" .

Meus melhores cumprimentos.

Manuel Monteiro de Pina


Presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago

(http://www.expressodasilhas.sapo.cv/)

RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO INAUGUROU CAMPO DE FUTEBOL


Gouveia, 15 Fevereiro – Nem decorriam cinco minutos de jogo e toda aquela gente que se espalhava à beira campo de futebol ou nas ravinas feitas bancadas gritava “golo”. Era a primeira bola que entrava numa baliza do campo de futebol de Gouveia, acabado de inaugurar. O resultado do confronto entre as equipas de Gouveia e de Santana que estrearam o campo de terra batida era o que menos interessava. O que interessou deveras foi a festa que animou a tarde de ontem, à vista do mar, em Gouveia, e que meteu música (a Banda Municipal de S. Domingos, vinda como bónus do Município vizinho, num gesto de solidariedade e amizade).

Manuel Monteiro de Pina, presidente da Câmara de Ribeira Grande de Santiago, dera o pontapé de saída: cerimónia simples, precedida da oferta de equipamentos às duas equipas. Pina procedeu à inauguração da primeira infra-estrutura desportiva que, sob o seu mandato, surge naquele Município e aproveitou para apontar o dedo ao Governo – tem recusado à Câmara todo e qualquer apoio. Apesar disso, e contra a hostilidade do Governo, a obra surge.

Manuel de Pina referiu que cultura e turismo são os vectores para o desenvolvimento da Ribeira Grande e que podem trazer melhores condições de vida para os seus habitantes. E acrescentou o Desporto, fundamental para garantir uma vida saudável à juventude. Falou que a sua Câmara está a elaborar uma carta desportiva do Município, no qual se prevê um campo de futebol para cada localidade e um estádio municipal relvado – e anunciou que a Câmara da Ribeira Grande de Santiago, perante a recusa de cooperação por parte do Governo, procura obter outros apoios que permitam realizar o sonho.

O campo de Gouveia (que, para já, serve a quatro localidades – S. João Baptista, Gouveia, Alto Gouveia e Porto Mosquito) não tem nada especial: terrapleno de terra batida, incrustado numa área rochosa e junto ao leito seco do córrego de S. João. Mas, num Município onde a pobreza impera, acaba por ser um luxo. A Câmara pediu ao Governo apoio para construção de infra-estruturas desportivas... encontrou negativas e, entretanto, viu voar mais de 20 mil contos para Paul com vista a este tipo de infra-estruturas: “ao contrário de Paul, Ribeira Grande de Santiago não é Câmara PAICV”, este o comentário que logo se ouve, quando se critica a ausência do Governo.

Apesar da discriminação governamental, a Câmara não abdica de, no futuro, erguer bancadas e um balneário no campo de Gouveia.

A assistir a tudo isto, que culminou com batucada, um convidado muito especial – Carlos Veiga, presidente do MpD. Passava na estrada, a caminho de Porto Mosquito, parou para ver o rebuliço que começava a surgir e, logo reconhecido, foi convidado a ficar. Ficou e recebeu manifestações de carinho. Aquela gente sentiu-se feliz por ter Veiga consigo naqueles momentos.

(www.liberal.sapo.cv)

COMEÇAM HOJE TRABALHOS PARA LEVAR ÁGUA A BELÉM

Iniciam-se hoje os trabalhos para levar água canalizada ao domicílio na localidade de Belém. A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago prossegue assim, meticulosamente, a execução do seu projecto para garantir, até ao fim do seu mandato, a cobertura da quase totalidade do território municipal pela rede de distribuição de água.

Há ano e meio, apenas 7 (sete) por cento do Município beneficiava de água canalizada ao domicílio. Hoje em dia, em consequência do esforço que vem sendo expendido pela Câmara Municipal (no âmbito do seu programa “uma habitação, uma torneira”), a rede primária, em construção, chega quase a 50 (cinquenta) por cento do território.

Segundo as actuais previsões, as obras para estender a Belém a rede de distribuição de água da Ribeira Grande de Santiago devem estar concluídas em Maio.

Para a realização deste programa, que tem sido conduzido com grande sucesso, a Câmara Municipal vem contando com o apoio fundamental da Cooperação Nipónica, sem o qual teria sido impossível concretizá-lo ao ritmo a que tem sido feito.

ARQUEÓLOGOS BRITÂNICOS FAZEM NOVAS ESCAVAÇÕES NA CIDADE VELHA

Decorrem na Cidade Velha escavações arqueológicas realizadas por investigadores da Universidade de Cambridge. De passagem por Cabo Verde, em consequência de um protocolo de cooperação com a Universidade Piaget, da Praia, aqueles arqueólogos observaram os achados postos a descoberto durante os trabalhos para a construção da rede de distribuição de água e de saneamento da cidade Património da Humanidade. O relatório resultante da análise desses achados, confirmando a enorme importância histórica do Berço da Nação, apontou para a necessidade de novas escavações, para o que foi elaborado um programa de trabalhos que teve o acordo da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.

A trincheira agora escavada na Cidade Velha situa-se na zona Baixa da urbe, no Calhau, fronteira à sede da Câmara Municipal, não devendo dela ressaltar incómodos especiais para a população e para o comércio e não sendo, para já, necessário interromper o tráfego.

Os trabalhos em curso, que têm o acompanhamento do Instituto de Investigação e Património Cultural, suscitam justificada expectativa, esperando-se que deles surjam novas descobertas sobre o passado da Cidade Velha, contribuindo para a valorização do seu Património Material.

A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, que agradece o entusiasmo posto nestas investigações pelas Universidades Piaget e de Cambridge, dá total apoio ao interesse manifestado pelos arqueólogos britânicos na pesquisa de novos vestígios da antiga cidade que foi importantíssima encruzilhada de mundos.

MAUS TRATOS POLÍTICOS

Queria brindar desse privilégio de poder publicar, algum artigo por meio do qual apelo a toda massa estudantil não só da RGS más sim todos os estudantes caboverdiano para que podemos ver o peso de uma grande injustiça, e corrupção política e abuso do poder, e a humilhação que fizeram contra toda minha família, e penso que hoje temos jovens suficientemente capazes de fazer frente a uma situação como aquela que aconteceu com a família Moura. Eu acredito que nós hoje somos e seremos os que podem governar um país, com dignidade, sinceridade, caridade, apoio social, concluindo penso que os que fizeram tal coisa contra a minha família já está com uma mentalidade obsoleta, são pessoas que nunca foram inteligente, não são conhecedores de justiça, incapazes de dirigir nem se quer das suas famílias, e os seus filhos são malcriados; Agora pergunto, como podem umas tais pessoas que nem da sua casa sabe ocupar e ser capaz de ocupar de um governo? Somente fazem obra de caridade para serem vistos.

Pois, JOVENS, eu acredito em vocês como aqueles que irão mudar coisas absurdas, patética, estúpida, corrompida, abominável de um Governo que poderia ser melhor, mas não, vai para o pior. E somos conscientes de que os políticos tem muita lábia, muita bla bla bla, eles pensam ser inteligentes e o que eles tem em verdade é muita astúcia, e tudo o que dissermos, eles sempre terão como sobrepor, mas sejamos inteligentes jovens não permitamos ser levados por lábias imunda, mentiroso, desonesto, que maquinam mal contra os seus contribuintes, e que são capazes de passar sobre tudo para conseguir seus objectivos, eles estimam-se ser mais forte do que todos juntos, assim que o meu único conforto é o vosso apoio e devemos apoiar-nos uns aos outros para combater contra as injustiças dessa politica egoísta, patética como quem a criou.

Para quem não sabe o que aconteceu com a família Moura, relato: A família Moura (Victor Rocha da Moura, esposa Ana Maria Rodrigues Varela, filhos Vlademir Rodrigues da Moura, Iazalte Rodrigues da Moura, ElisagenlaRodrigues da Moura, Walter Rodrigues da Moura, Solangela Rodrigues da Moura,Tuca Moura, Gil Moura , Gilito Moura, tinham um Bar Café Restaurante Pelourinho, situado na rua calhau a beira mar, um lugar estratégico, beneficioso sobretudo nos dias festivos, arrecadava milhares de milhares de escudos e sei do que estou falando porque a minha família me legava muito cuidado, o qual admirava muito.

Essa propriedade estava documentada, e meus pais eram legalmente seus proprietários. Nessa altura Cidade velha estava sendo remodelado para concorrer a um titulo de PATRIMONIO DE HUMANIDADE; a Câmara Municipal da Praia era nessa altura os que administrava os recursos da Cidade Velha, ainda essa cidade não tinha a sua própria Câmara. Tanto a Câmara da Praia como o Ministério da Cultura estavam de olho naquela propriedade, buscaram incriminar os meus pais baixo acusações de que não cumpriam com as condições de higiene entre outras patéticas acusações. Lembro-me daquele dia em que chegaram um grande número de corpo policial com ferramentas para destruir aquele Bar, sem poder fazer nada, acabaram por o destruir. Nunca poderei esquecer! Perdemos tudo o que tínhamos, dinheiro materiais, honra, fomos humilhado... Meus pais recorreram a justiça, ganhamos o caso, segundo o acordeão não era “licito” o que aconteceu. Depois de tudo, já passados 7 anos e meio ainda estamos a espera de uma indemnização. Foi convocado quantas reuniões, e as partes correspondentes nessa reunião não compareciam, sempre adiavam os dias e nunca compareciam todas as partes correspondentes, era uma falta de respeito e consideração total. Mesmo assim meus pais insistiram na negociação com essas partes, mais eles recusaram em recompensar-nos, oferecendo uma porcaria, uma estupidez como se nos estão fazendo um favor.

Estupidez, estupidez, estupidez, quantas estupidezes mais querem fazer? Já tem passado aproximadamente 8 anos que estamos a espera de uma resolução definitiva. A minha família desde então está mergulhada em dívidas mais dívidas, compromissos mais compromissos, não podemos pagar universidade, não podemos fazer nada como uma família normal. Eles destroçaram a minha família, destroçaram a mim, todos os meus sonhos planos, e ainda continuam dizendo que as crianças são o futuro de amanhã, estúpidos políticos, que nem sabem medir as palavras das suas bocas.

Tiraram o pão da minha família e deram aos estrangeiros, que o explora. Estúpidos políticos! Perguntaram como vive um preto nos países estrangeiros? Não! Não digo para fazer-lhes mal, mas sim temos que favorecer aos nossos como em todo lugar do mundo menos em África, CaboVerde incluído.

Cada dia que passa sinto tristeza dentro de mim por não poder fazer nada pela minha família, sinto destroçado, humilhado, abusado... isso não pode ficar assim, pelo bem ou pelo mal! Prefiro pelo bem!

Portanto somente queria poder publicar algo com objectivo de conseguir apoio dos jovens estudantes que “nu conchi desde criança” que conhecíamos desde criança, no qual sentiria mais forte se podereis ajudar-me-ei, a poder mostrar essas pessoas que trataram a minha família da pior maneira, pior que um animal, humilhando-nos, diante de todos, o pior de tudo é que não consigo entender, o apoio que tiveram esses políticos da parte da população, porque em verdade havia um ambiente de corrupção, inveja, cobiça, estúpida e patética completa, como se não somos pessoas comum como qualquer, não desejo que isto passa com outras famílias, mas sinto pena dessas famílias que odiaram a minha família, invejaram-nos somente por dinheiro. Sinto pena porque isso poderia acontecer com qualquer que cruzar nos caminhos das suas astúcias, todos estamos sujeito a essa maldade.

Muitas vezes medito sobre uma entrevista que um catedrático britânico dizia que os BRANCOS são mais inteligente que os PRETOS, eu sei que sentirias ofendidos, mas não deixa de ser verdade, somente façamos uma análise dos factos que sucedem em África, em Cabo Verde, matamos os nossos, para favorecer aos estrangeiros, matamos entre nós, povo criativo, cobiçoso, e comemos dos restos dos BRANCOS. Estou por escrever um livro, intitulado: BRANCO NA TERRA DOS PRETOS E VICEVERSA.

Eu, como alguns Caboverdianos somos conscientes de que Cabo Verde tem carência de recursos naturais devido a factores que conhecemos, no qual os tratados diplomáticos a diplomacia joga um papel fundamental, para isso temos que saber jogar; A clima que nos favorece, belas praias de mar de arreia dourado e negra. Devia ser como lei, não um regulamento com rango de lei, senão constitucional velar sobre os benefícios sociais mediante o desenvolvimento local. Eu penso que o segredo é saber jogar, como jogar, estratégias, planificar, controlar.

Em conclusão quero deixar bem claro que vou estudar para conhecer de perto toda a CONSTITUÇÄO DE CABO VERDE, quero formar na área de DIREITO, porque penso que como advogado posso fazer mais, em realidade não gosto da forma como os advogados levam esses casos, e acredito que se pode fazer mais do que estão fazendo, e tenho um pressentimento de que tudo está mal, mas um dia vou concluir tudo isto com factos. Hoje sinto como uma arma importante para a minha família, quero ser uma bomba atómica, como trunfo da minha família.

Não tenho paz, porque essa situação me está tirando do sério, ando pensando loucura, desejando fazer justiça com as minhas próprias mãos, não estou nada bem, porque o que estão fazendo com a minha família não está certo. Hoje sinto-me deprimido, cabisbaixo, enquanto os filhos dos Senhores vivendo “la vida loca”. Obrigado Cabo Verde, obrigado juntas de Advogados, obrigado todo mundo pelo mal que causaram a minha família, não tenho paz.

Senhor Ministro da Cultura, diga-me uma coisa, o que exactamente esperas da população, o que queres conseguir detrás da formalidade, de tanta bla bla bla? Estás consciente da contradição que tens cometido? Preferes preservar pedras antes que seres humanos com sentimentos, afinal somos parte da cultura ou não? Ademais eu penso que a população local deve usufruir dos benefícios de qualquer desenvolvimento ou actividades que se realiza nesses sítios turísticos. Um dia terei o prazer de vê-los a todos cara a cara!

Presidente da Câmara da Praia, tanta esperança tinha a minha família de que as coisas iriam mudar, mas não foi bem assim, para vós quanto mais tempo passar melhor sem preocupar em resolver tais assunto de tal maneira que nunca pudeste comparecer frente a Câmara da RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO, para negociar e solucionar esse problema mais rápido possível, compreendo que a sua agenda está sempre cheio, si é para isso mesmo que a população o escolheu, mas na Vossa agenda deveria estar marcado um dia para fazer frente a essa situação, mais não, quem ti escolheu? O seu objectivo era somente chegar a esse posto de: PRESIDENTE DA CAMARA, era isso o seu sonho, já o cumpriste? Agora digo deixa de jogar e deixa que alguém competente governar/ dirigir e controlar, e fazer da PRAIA um lugar de melhor comodidade

Ao Senhor felisberto (filu) um desastre de político. Não sei se estás feliz pelo seu mandato, ou morrendo de risa/gargalhada por destruir uma família, ou várias famílias ao mesmo tempo. Escrevo o seu nome em letra pequenas, por ser um nome tão insignificante, tão menosprezável, sujo. Eu penso que a população escolheu a ti, por fanatismo, não porque és capaz de fazer nada; É uma grande estupidez que a população comete, e tu como todo os partidos aproveitam da ignorância da população, que são uma maioria analfabeto, enganando-lhes com uns quilos de arroz, e umas promessas baratas, o povo não sabe nada, são todo inconscientes, fazem tudo isso por necessidade, vendem seus votos, por carências de alimentos, e muitos escrúpulos como são os políticos tiram aproveito da situação. Fanatismo é o que define a população, e tu como suas camaradas estimam-se serem inteligentes, isso não no meu vocabulário não é inteligência se chama astúcia, plano maligno; Uma pessoa para conseguir algo do qual é nosso, temos que fazer um pacto, chamo a esse pacto, pacto diabólico, aonde temos que votar sempre em vocês.

Senhor Presidente da CMRGS, acredito em Vós como presidente e como pessoa que tens sido, eu sei que todo os políticos têm os seus males, mais Vós sois diferente, pelo achego a população, aberto a dialogo, com satisfação em fazer o bem, obrigado por tudo o que estás fazendo pela população, espero que sempre podemos contar com Vossa Excia.

Justiça em Cabo Verde mais lento que uma tartaruga, cego, e entre outras coisas que não quero mencionar; Aplauso para essa injustiça disfarçado pelo nome de justiça. CORRUPÇÄO, CORRUPÇÄO, tudo está corrompido, justiça ja não é justiça, solidariedade já não é solidariedade, direito já não é direito, liberdade já não é liberdade, tudo está corrompido!

IASALTE DA MOURA

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA DÁ APOIO À RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO NA ÁREA DO URBANISMO

A Câmara Municipal de Lisboa decidiu alargar à Ribeira Grande de Santiago a Assessoria Técnica na área do Urbanismo que vem prestando à Câmara Municipal da Praia, no âmbito de um Protocolo de Cooperação celebrado entre aqueles dois Municípios.

Esta decisão da Câmara portuguesa decorre de um pedido formulado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago para apoio à reabilitação do parque habitacional existente nesta Autarquia. Recorde-se que, à tomada de posse do Executivo camarário, mais de 60 por cento das habitações da Ribeira Grande de Santiago se encontravam altamente degradadas e que esta Câmara tem vindo a procurar mobilizar recursos e meios para responder positivamente a esta situação.

A partir de agora e durante todo o ano de 2010, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago passa a contar com o apoio com vista à definição de necessidades e estratégias para a resolução do problema habitacional, prestado por um quadro técnico da Câmara lisboeta que já se encontra em Cabo Verde.

A Câmara Municipal de Lisboa e a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago estão empenhadas no estreitamento de laços de cooperação e de amizade, quer a nível bilateral, quer a nível multilateral por via da UCCLA (União das Cidades Capitais Luso-Afro-Americo-Asiáticas).

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

JARDINS DE INFÂNCIA DA RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO PASSAM A DAR REFEIÇÕES QUENTES ÀS CRIANÇAS

Com o apoio do ICASE, Instituto Cabo-Verdiano para a Acção Social Escolar, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago começou a fornecer refeições quentes a jardins de infância do Município. Tornou-se assim possível dar cumprimento a um propósito da Autarquia, que pode agora contribuir para minorar as dificuldades de crianças que frequentam estes jardins de infância e cujas famílias, na maioria, enfrentam as agruras de um desemprego massivo que atinge o Município, onde há muito não são abertas “frentes de trabalho”, apesar das insistências da Câmara Municipal.

A distribuição diária de refeições quentes beneficia cerca de 300 (trezentas) crianças de doze jardins de infância municipais de outras tantas localidades. A cooperação do ICASE, que a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago saúda, permitiu reduzir os custos inerentes a este apoio, tornando possível esta acção social.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

ANTENA PARABÓLICA DE S. JOÃO BAPTISTA É ACTIVADA NO DOMINGO, DIA 14

A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago activa no próximo domingo, dia 14, às 15 horas, a antena parabólica de S. João Baptista. Esta activação esteve prevista para acontecer na Festa do Santo Nome, mas razões técnicas obrigaram a adiá-la.

A antena parabólica de S. João Baptista, como outras colocadas no Município, resulta da Cooperação que a Câmara Municipal de Lagos mantém com a Ribeira Grande de Santiago. Foi enviada de Portugal em Março de 2008, em tempos da Comissão Instaladora do Município. Todavia, dificuldades então havidas impediram que ela entrasse em funcionamento, tendo depois desaparecido partes da antena.

Desde a sua tomada de posse, em Junho de 2008, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago providenciou diligências várias para a recuperação da antena, tornando-se agora possível activá-la, contribuindo deste modo para disponibilizar melhores condições para a população da localidade e da área abrangida pelo raio de penetração das emissões televisivas por ela recebidas.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

CIDADE VELHA VAI TER GRUPO DE TEATRO

Cidade Velha pode vir a ter um Grupo de Teatro – trata-se de uma iniciativa da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago com o objectivo de impulsionar a vida cultural no Berço da Nação. O Grupo Municipal de Teatro (em formação) abre agora inscrições para a admissão de interessados, dando-se preferência a jovens acima dos 13 anos, mas admitindo também seniores que para o efeito se candidatem.

Numa primeira fase, será ministrada formação aos interessados, podendo decorrer dela uma triagem dos mais capacitados. Só numa etapa posterior serão programadas actuações do Grupo, que estará vocacionado para o Teatro de Rua, na tradição da “commedia dell’Arte”. Não se pretende criar uma grande companhia de teatro, mas estimular raízes para que a arte cênica medre neste Município.

O trabalho de formação e criação do Grupo de Teatro Municipal está confiado a José-Braga Amaral, com larga experiência na Arte de Talma (formado nos workshops da Universidade de Motricidade Humana, de Lisboa, participou no Teatro Circo de Braga e foi durante anos director e encenador do Roga d’Arte, grupo teatral de Peso da Régua, Portugal, de que foi um dos fundadores) e a Sueli Duarte (com larga experiência teatral em Mindelo e na cidade da Praia).

Concluído o período de inscrições, e se a adesão havida o permitir, prevê-se que o trabalho de formação de actores se inicie em meados de Março próximo.

COVILHÃ (PORTUGAL) COOPERA COM RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO PARA A ELECTRIFICAÇÃO DO INTERIOR RURAL DO MUNICÍPIO

Cidade Velha, 04 Fevereiro – A Câmara Municipal da Covilhã (Portugal) decidiu-se pela cooperação com a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, tendo em vista a electrificação de uma boa parte deste município, designadamente as localidades de Txuba Txobe, Pico Leão, Alfarroba, Beatriz Pereira e Matos de Belém. Os projectos para a execução destes trabalhos já seguiram para a Covilhã, onde foram aceites. A Câmara covilhanense, por seu turno, encaminhou-os para as agências especializadas da União Européia para obtenção de financiamento.

Recorde-se que, como Liberal noticiou, estas electrificações foram solicitadas pela Câmara ao Governo de Cabo Verde, em Junho do ano passado, mas foram recusadas em princípios deste ano por alegada falta de cabimento no Orçamento do Estado. A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago não baixou os braços e lançou-se à busca de apoios junto da Cooperação internacional. A resposta positiva já chegou da Covilhã, estando ainda em curso outras diligências – infelizmente (e não aceitavelmente) ostracizada pelo Governo, a Câmara de Manuel de Pina tem todavia capacidade de manobra no plano internacional, como o tem demonstrado.

Esta electrificação, que abarca também todos os jardins infantis e escolas do Município, além do próprio edifício da Câmara Municipal e as praças de Salineiro e S. Martinho Grande, será feita a partir das energias renováveis (eólica e solar). (www.liberal.sapo.cv)

RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO ASSOCIA-SE A HOMENAGEM A LAURO MOREIRA

A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago associa-se à homenagem que, no próximo dia 8, é prestada em Lisboa, a Lauro Moreira, eleito Personalidade Lusófona 2009, por iniciativa do MIL (Movimento Internacional Lusófono) e da Academia de Ciências de Lisboa. O Embaixador do Brasil junto da CPLP, que cessa agora funções por se reformar, é Cidadão Honorário da Cidade Velha, título que lhe foi conferido no ano passado pela Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago.

Lauro Moreira desempenhou qualificadamente a sua missão diplomática no quadro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, tendo manifestado especial apreço por Cabo Verde e pela Cidade Velha. A CMRGS está-lhe grata.

A homenagem a Lauro Moreira decorre em Lisboa, em acto público na Academia de Ciências, no dia 8, presidido pelo Prof. Dr. Adriano Moreira.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

GOVERNO FINANCIOU COMISSÃO INSTALADORA (PAICV) PARA CONSTRUÇÃO DE ESTRADA... QUE NÃO FOI CONSTRUÍDA

Cidade Velha, 03 Fevereiro – O discurso da ministra Janira Hopffer Almada na sessão solene que marcou o Dia do Município da Ribeira Grande de Santiago, domingo passado (31 de Janeiro), surpreendeu tudo e todos, inclusive a bancada municipal do PAICV, que certamente fica agora com mais uma “batata quente nas mãos”. Falou a ministra, que ali representava o Governo, no apoio do Executivo de José Maria Neves à construção da chamada “estrada de Bandam”, ligando Belém a Santana. Ficou-se assim a saber que o Governo financiou a Comissão Instaladora do Município da Ribeira Grande de Santiago (maioritariamente PAICV) para a construção dessa estrada, tendo recebido em 2006 os comprovativos referentes a essa obra. O grande problema é que, em 2008, quando o PAICV foi derrotado nas autárquicas e o Executivo de Manuel de Pina tomou posse... a “estrada de Bandam” pura e simplesmente não existia. Então para onde foi o dinheiro que o Governo diz ter enviado?

Este é um assunto de que há muito se fala na Ribeira Grande de Santiago. Suspeitava-se disto. Mas não havia provas, até porque na mudança política havida neste Município (em 2008), a Comissão Instaladora se recusou a fazer transitar os dossiers. Agora, com a “revelação” feita por Janira Hopffer Almada, a questão ganha foros de escândalo e deixa perplexos os ribeira-grandenses.

Mas disse mais a ministra: que o Governo transferiu para a Ribeira Grande de Santiago cerca de 300 mil contos em cinco anos. Tendo em conta que a equipa de José Maria Neves tem, por sistema, recusado apoiar a Câmara de Manuel de Pina (emudecendo a cada uma das solicitações feitas, designadamente para desporto, construção de estradas e electrificação), deduz-se que larguíssima fatia desses 300 mil contos foram canalizados para a Comissão Instaladora (CI), tendo em vista catapultá-la para a vitória eleitoral em 2008. A maioria da CI (PAICV) perdeu no escrutínio, não tendo deixado resto de obra feita.

Mais surpreendeu a ministra os ribeira-grandenses ao anunciar, no seu estilo impulsivo, que o Governo reforçara este ano a contribuição para o orçamento municipal de 70 mil para 90 mil contos!!! Se se admitir que Jandira o disse com base em informação dada pelos departamentos governamentais ou foi enganada ou então o dinheiro (reforço) mora em parte incerta – não chegou à Câmara da Ribeira Grande de Santiago: perdeu-se nalgum ínvio caminho ou alçapão da máquina do Estado. Segundo Liberal soube, a Câmara de Manuel de Pina prepara-se agora para reclamar esses 20 mil contos de reforço: se se afirma que o dinheiro se destinava à autarquia, então que chegue mesmo à autarquia. Ou então não se façam discursos grandiloquentes, onde se abre muito a boca... e se fecham as algibeiras. (www.liberal.sapo.cv)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

CONCLUSÕES DE “COMPROMISSO DA CIDADE VELHA PELA CULTURA” (RELATÓRIO)

(Dias 28 e 29 no Convento de S. Francisco)

"Ao cabo de dois dias de exposições feitas por diversos intervenientes, e de algum debate consequente, concluiu-se que há um longo caminho a percorrer tendo em vista o desenvolvimento cultural da e na Cidade Velha.

Talvez por que as questões levadas ao debate tenham sido ou demasiado amplas, levando à ambigüidade, ou mal formuladas, muitos dos aspectos que seria importante analisar foram secundarizados.

De maneira geral, todas as intervenções apontaram à necessidade de envolver a população no Processo do Património Mundial, sensibilizando-a para a importância da Defesa do Património Mundial e mostrando-lhe as potencialidades que esse Património encerra, podendo contribuir para a melhoria da sua qualidade de vida.

Para a melhoria das condições de vida da população, criando as bases de uma indústria cultural local, é fundamental rentabilizar o existente, no pressuposto de que “as paredes não valem só por si” – “é preciso transformar plantas e pedras em negócio”.

Neste sentido, concluiu-se ser necessário pensar um turismo específico para a Cidade Velha, onde o profissionalismo seja pedra de toque, entendendo-se que “não há países pobres com turismo rico”.

Para além das muitas questões gerais abordadas (far-se-á em breve uma sinopse das intervenções feitas), ressaltaram propostas concretas que elencamos:

  • Elaborar e editar um manual conciso sobre a História da Cidade Velha (eventualmente também em BD e/ou com suporte digital);
  • Apelar ao Ministério da Educação para a inclusão da História da Cidade Velha nos curricula escolares;
  • Formar verdadeiros guias turísticos, conhecedores da História, mas também do roteiro turístico da Cidade Velha;
  • Preparar um Roteiro Turístico em português, espanhol, inglês e francês;
  • Dar formação nestas línguas tanto aos guias turísticos, mas também aos jovens da Cidade e aos intermediários turísticos e culturais;
  • Defender a identidade local;
  • Criar incentivos junto da população para incubar pequenos negócios ligados à história, cultura e turismo cultural;
  • Criar incentivos para os promotores de cultura e de artesanato na Cidade Velha;
  • Criar espaços próprios para a exposição e venda de artesanato de todo o país, subalternizando o artesanato oriundo da costa africana;
  • Promover a gastronomia local;
  • Incentivar o turismo de habitação;
  • Realizar uma Feira Cultural anual, para promoção do artesanato local (a par de outros aspectos), expondo-se ao vivo os modos de produção utilizados;
  • Promover mais espaços de cultura através da reabilitação e requalificação de monumentos como a Sé Catedral, a Fortaleza, entre outros;
  • Dar função social e animação aos espaços patrimoniais;
  • Promover os monumentos patrimoniais com recurso a desdobráveis em várias línguas, fazendo a sua divulgação tanto a nível local, como nacional e além-fronteiras;
  • Colocar sinaléctica apropriada nos monumentos e melhorar os serviços de saneamento;
  • Criar um núcleo museológico e também um parque arqueológico, integrando os últimos achados postos a descoberta nas obras da Cidade, e também um eco-museu, como forma de ajudar a compreender a paisagem, os modos históricos que a forjaram e a sua dinâmica própria;
  • Chamar à Cidade Velha o “turismo científico”;
  • Promover roteiros alternativos;
  • Incentivar a Comunicação Social para disponibilizar espaços para a divulgação da Cultura cabo-verdiana;
  • Criar um centro interpretativo e um centro documental;
  • Introduzir, em locais a escolher cuidadosamente, novos monumentos evocativos, designadamente um monumento evocativo da escravatura;
  • Apoiar os trabalhos de investigação sobre a Cidade Velha, sobretudo em arquivos ainda por explorar;
  • Realizar e promover concursos pedagógicos;
  • Recuperar costumes e tradições caídas em desuso, designadamente os contos e estórias à porta de casa;
  • Incentivar o associativismo local;
  • Criar um grupo de trabalho (task force), envolvendo Câmara e Ministério da Cultura (IIPC), para a elaboração de um projecto estruturado sobre as questões relativas à Cidade Velha."

Cidade Velha, 30 Janeiro 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

NHÔ SANTU NOMI CONTRIBUIU PARA NOVAS DINÂMICAS NA RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO

Cidade Velha, 1 Fevereiro – Nhô Santu Nomi chegou ao fim: foram onze dias de muita actividade, vividos a enfrentar dificuldades (só na última sexta-feira foram abertos os acessos à Cidade Velha), mas com actividades para todos os gostos: começou com a assinatura de um protocolo de geminação (com Ribeira Grande dos Açores), de que logo resultou um acordo entre os dois municípios ribeira-grandenses para a reabilitação das habitações de Txuba Txobe (Pico Leão), e terminou com a celebração de um acordo de cooperação com Ponte Lima, do qual de imediato resultou um acordo com vista à criação de um horto municipal e o ajardinamento e embelezamento da Cidade Velha.

Se a festa foi rija – o Festival de sábado trouxe à Cidade Velha muito mais de 10 mil pessoas, ultrapassando (pela qualidade e pela assistência) o Festival do ano passado -, também contribuiu para dar novas dinâmicas ao Berço da Nação: colocou a cultura no cerne do seu projecto de desenvolvimento, o que pode vir a fazer da “Cidade do mais antigo nome” um dos principais palcos culturais de Cabo Verde (Liberal sabe que já se projectam para este ano alguns acontecimentos culturais de importância); deu à Ribeira Grande de Santiago mais aliados de peso para a sua marcha pelo progresso; e assinalou, com inaugurações, passos significativos para o Município.

Ao concluir as obras da primeira fase da instalação das redes de água e saneamento da Cidade Velha e ao inauguras as redes de abastecimento de água a Alto Gouveia e Bota Rama, a equipa camarária liderada por Manuel de Pina obteve uma significativa vitória política: depois dos desgraçados ataques (onde tudo valeu) do PAICV a propósito das obras da Cidade Velha, chegando ao ponto de intrigar junto da Cooperação Espanhola, a concretização das obras com sucesso põe o partido tambarina na Ribeira Grande de Santiago em sérias dificuldades: os erros políticos pagam-se sempre caro. Pina tem agora obra para mostrar (e em ano e meio do seu mandato já fez muito mais do que a Comissão Instaladora ao longo de todo o tempo que lá esteve), sempre que o adversário político ousar atacar a Câmara. Por outro lado, obriga o Governo a pensar duas vezes antes de recusar-lhe qualquer apoio (como tem acontecido): a Câmara tem capacidade para ir procurar recursos e para executar os seus projectos.

Finalmente, com a sua decisão de distinguir académicos e empresários, a Câmara da Ribeira Grande teve sagacidade para dar um passo importante no sentido de achar parceiros nas Universidades e no empresariado. Os “ómis di pé di rotxa” (como os adversários de Pina lhes chamaram na campanha eleitoral) estão a assimilar todos os “segredos” da luta política e mostram ser uma realidade não desprezável.

Nhô Santu Nomi 2010 já foi, com resultados muito positivos para a Ribeira Grande de Santiago. (www.liberal.sapo.cv)

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