sábado, 29 de novembro de 2008

RIBEIRA GRANDE TRAVA SPORTING

29 Nov, 17:49h

Praia, 29 de Novembro - O Ribeira Grande venceu o Sporting por duas bolas a uma, no jogo inaugural da 4ª jornada do Campeonato Regional de Futebol de Santiago Sul. Os leões marcaram primeiro por intermédio de Dário no inicio da primeira parte, mas a formação da Cidade Velha restabeleceu a igualdade ainda antes do intervalo por intermédio de Hassan. O golo que garantiria a vitória do Ribeira Grande foi apontado por Vindo na segunda metade do encontro.
No segundo jogo desta tarde, Vitória e Bairro empataram a duas bolas. O Bairro em vantagem para o intervalo fruto de dois golos apontados por Cuca II, mas o Vitória chegaria ao empate n a segunda metade do encontro, com golos apontados por Samori e Eliseu.
Para amanhã estão agendados os jogos: Travadores x Celtic (9h30); Desportivo x Varanda (14h00) e Boavista x Académica (16h00).
Em São Vicente, no jogo inaugural da 5ª jornada do Torneio de Abertura, o Batuque venceu o Falcões por 2-0 e na segunda partida desta tarde, a Académica goleou o Ponta d´Pom por quatro bolas sem resposta.
Para amanhã estão marcados os jogos: Ribeira Bote x Mindelense e Amarante x Derby.
Na ilha do Sal, no arranque do Torneio de Abertura “Pedro Brito”, a Académica venceu a formação da Juventude por 2-1 e o jogo Palmeira x Santa Maria foi suspenso aos 36 minutos da segunda parte por falta luminosidade, quando as duas equipas estavam empatadas a uma bola.
Académico Verdun enceram a primeira jornada do Torneio de Abertura “Pedro Brito”, numa partida agendada para amanhã às 16 horas, no Estádio Marcelo Leitão (www.liberal-caboverde.com)

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

CÂMARA DA RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO LEVA ÁGUA CANALIZADA A TODAS AS CASAS DO CENTRO HISTÓRICO



26 Nov, 12:24h
2009, ano do reconhecimento como Património da Humanidade: vida nova para a Cidade Velha

“Não é adequado nem admissível que a Cidade Velha seja Património da Humanidade e os seus habitantes vivam em condições indignas numa localidade de tamanha importância histórica. A Câmara quer corrigir esta situação. E vai fazê-lo”, disse Alcides de Pina a Liberal. A Câmara da Ribeira Grande de Santiago quer que todas as casas do centro histórico tenham água canalizada (o que vai acontecer até ao fim do primeiro trimestre de 2009) e casas de banho

Cidade Velha, 26 Novembro – Toda a área habitacional do centro histórico da Cidade Velha vai receber água canalizada ao domicílio até ao fim do primeiro trimestre do próximo ano – este é o propósito da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago que, deste modo, quer garantir condições de habitabilidade para os moradores locais no ano histórico em que tudo aponta para que a UNESCO reconheça a Cidade Velha como Património da Humanidade. “Actualmente, apenas 62 por cento das casas têm água canalizada ao domicílio”, disse o vereador Alcides de Pina a Liberal. “Em fins de Março do próximo ano, queremos que 100 a rede de abastecimento de água canalizada esteja a 100 por cento”..
A Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, todavia, quer mais do que levar a água a casa dos moradores. Pretende que as casas do centro histórico tenham também condições dignas de habitabilidade, para o que está a construir, para já, dez casas de banho, no âmbito de um programa que será alargado a toda a área habitada.
“Não é adequado nem admissível que a Cidade Velha seja Património da Humanidade e os seus habitantes vivam em condições indignas numa localidade de tamanha importância histórica. A Câmara quer corrigir esta situação. E vai fazê-lo”, disse Alcides de Pina. (http://www.liberal-caboverde.com/)

RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO JÁ TEM COMISSÃO DE ACOMPANHAMENTO DA ELABORAÇÃO DO PDM

26 Nov, 13:37h

Prevê-se que o Plano Director Municipal da Ribeira Grande de Santiago esteja concluído em 18 meses. Entretanto, a autarquia assegurou, com esta comissão, o acompanhamento da sua concepção.

Cidade Velha, 26 Novembro – Foi deliberação tomada na reunião da passada segunda-feira da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago a aprovação de uma proposta para a nomeação de uma comissão de acompanhamento do Plano Director Municipal. Como Liberal noticiou, foi encomendado pelo actual executivo da Câmara da Cidade Velha à Loide Engenharia a elaboração de um PDM, depois de ter sido anulada a primeira adjudicação feita pela Comissão Instaladora do Município. A equipa de Manuel Monteiro de Pina considerou excessivo o montante dessa adjudicação e achou alternativa a custos muito mais baixos.
Prevê-se que o Plano Director Municipal da Ribeira Grande de Santiago esteja concluído em 18 meses. Entretanto, a autarquia assegurou, com esta comissão, o acompanhamento da sua concepção. (www.liberal-caboverde.com)

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A UNI-CV E DESENVOLVIMENTO DE CABO VERDE



25 Nov, 05:43h
A coluna de Gilson Pina



… compara-se as propinas da Uni-cv com qualquer Universidade pública em Portugal. Por incrível que pareça, as propinas em Cabo Verde superam todas as de Portugal, e em Portugal para além de todas as Universidades públicas estarem num ranking internacional superior a Uni-cv, as famílias têm um maior poder de compra do que as de Cabo Verde. A questão que fica é, a Uni-cv foi uma estratégia para o desenvolvimento, ou uma propaganda política, criar só por criar?



Aquando do anúncio da inauguração da reitoria da Universidade de Cabo Verde, encontrou-se um rumo para o desenvolvimento do país. Não era conhecida qualquer política relacionada com a universidade, a não ser a incorporação das Instituições do Ensino Superior públicas, que até então funcionavam separadamente.

Uma estratégia de aplaudir, pois com isso está-se a aproveitar as economias de gama, dado que o fornecimento do serviço passou a estar a cargo de uma única entidade, a reitoria. A tendência também é para o aproveitamento das economias de escala, tendo em conta que tem maior capacidade para aumentar o número de cursos e especializações diminuindo os custos médios de produção.

O que não teve direito a aplausos foi a política das propinas. Quando tudo indicava para a diminuição dos custos médios de produção, a Universidade aproveitou o título que lhe é atribuído para aumentar as propinas comparando com as anteriormente aplicadas pelas instituições que integraram na Universidade.

Os cabo-verdianos não estão preparados para suportar uma propina superior a 9 mil escudos mensais numa instituição pública. O nosso poder de compra não o permite. Com uma propina a este nível apenas contribui para o abandono escolar dos mais desfavorecidos e o nosso governo não tem possibilidade de subsidiá-los na sua totalidade.

Cabo Verde está a ser abençoado com o investimento de capital externo principalmente no sector do turismo. Com o tempo a tendência é para um alargamento da desigualdade social, com bairros degradados de um lado, e noutro, o fruto de grandes investimentos do capital externo. O governo que não pense em recolher impostos junto destes para redistribuir à camada da população menos favorecida, sob pena de gerar efeitos perversos levando a quebra da tendência do aumento do IDE em Cabo Verde.

Deve sim, o governo, apostar no aumento do nível do capital humano do país, através da educação, de forma a ter mais mão-de-obra qualificada que consequentemente conduzirá à diminuição da desigualdade social, estimulando o desenvolvimento económico.
Desenvolvimento este que dificilmente será atingido com um nível de propinas, que em muitos casos supera o rendimento de muitas famílias, para o próprio sustento, quanto mais para apostar na continuidade da educação dos filhos.

A título de exemplo, compara-se as propinas da Uni-cv com qualquer Universidade pública em Portugal. Por incrível que pareça, as propinas em Cabo Verde superam todas as de Portugal, e em Portugal para além de todas as Universidades públicas estarem num ranking internacional superior a Uni-cv, as famílias têm um maior poder de compra do que as de Cabo Verde. A questão que fica é, a Uni-cv foi uma estratégia para o desenvolvimento, ou uma propaganda política, criar só por criar?

Gilson Pina – Estudante de Mestrado em Economia, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (http://www.liberal-caboverde.com/)

sábado, 22 de novembro de 2008

INSÓLITO: vereador da Cidade Velha detido pela Polícia Militar

"Cercaram-me e obrigaram-me a desligar o telemóvel, mas neguei. Pediram-me para mudar o carro do local e consenti, mas depois obrigaram-me a descer do carro o que não admiti", Alcides de Pina.

O vereador e presidente em exercício da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, Cidade Velha, Alcides de Pina, foi detido na última noite, na Assembleia Nacional, por um batalhão de onze Polícias Militares. Razão: a guarda do veículo da autarquia.
Parece cómico, mas é verdade. Por volta das 21h30 desta noite, Alcides de Pina, presidente em exercício do município da Cidade Velha, foi barrado à entrada da Assembleia Nacional, quando, assim como todos os dias, pretendia guardar o veículo da autarquia que utiliza, enquanto vereador. Sucede que os seguranças da Assembleia Nacional decidiram hoje vedar acesso ao autarca, por sinal, funcionário da Assembleia Nacional, entretanto em licença de serviço exercendo o cargo político/público na Cidade Velha.
Há cerca de cinco meses, Alcides de Pina faz a mesma rotina. Sai do curso no INAG e vai guardar a viatura da Câmara, na Assembleia Nacional. Nunca houve problemas. Hoje, no entanto, as coisas inverteram. Conforme contou a este diário on-line, quando chegou à Assembleia, foi informado por um segurança (privado) que tinha ordens expressas para não o deixar entrar. Surpreso, de Pina solicitou que lhe fosse exibido a ordem, o que não lhe foi apresentado. Terá informado ao agente que pretendia guardar o veículo por questão de segurança, em se tratando de um bem público, também foi impedido mesmo depois de apresentar identificação de eleito municipal. De nada valeu ao autarca o disposto no referido documento.
Entra em cena os militares. Como coisa ensaiada, os militares que prestam serviço à casa parlamentar também vedam acesso ao vereador. De repente, chega um batalhão de outros Polícias Militares, em número de onze, que se faz transportar numa viatura de patrulhamento, matricula FA 06 79. O "sururu" aquece. O chefe dos militares (não apurarmos seu nome) dá voz de prisão a Alcides de Pina que entretanto tenta, sem sucesso, explicar as razões pelas quais não pode ser preso, sequer por um militar que deveria ser defensor da Constituição. "Cercaram-me e obrigaram-me a desligar o telemóvel, mas neguei. Pediram-me para mudar o carro do local e consenti, mas depois obrigaram-me a descer do carro o que não admiti". O vereador invocou a Constituição da República mas de nada lhe valeu, pois os militares fizeram "tábua rasa" da lei. "Abriram a porta do carro e retiram-me à força", conta Alcides de Pina fazendo saber que foi "carregado" por quatro militares.
Levado para a Esquadra da Achada de Santo António, um agente da Polícia Militar tenta "obrigar" o Oficial de Serviço a deter Alcides de Pina, durante a noite. Nova discussão começa entre os sujeitos. Cada um esgrime seus argumentos. Alcides de Pina diz que é vereador e exibe cartão de eleito municipal, mas de nada vale. Os agentes da PM e da PN duvidam das declarações do vereador e dizem desconhecer esse facto. Entretanto, um "polícia graduado" vem confirmar a versão de Alcides, de que é vereador na Cidade Velha. Nesse meio tempo entra também em cena o assessor do edil da Cidade Velha, Manuel da Moura, que reconfirma a versão de Alcides, já confirmada pelo policial.
O caricato é que nem a PN nem a PM dão credibilidade às declarações do vereador, que sempre faz questão de mostrar identificação.
Este é um assunto que promete novos desenvolvimentos.
20-11-2008, 00:28:49ACG, Expresso das Ilhas (www.expressodasilhas.cv)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Futebol: Desportivo da Ribeira Grande denuncia discriminação em Santiago Sul

2008-11-17 12:11:40
Praia, 17 Nov. (Inforpress) - A Associação Desportiva da Ribeira Grande denunciou hoje, a “discriminação dos dirigentes” da Associação e dos árbitros para com a sua equipa de futebol da primeira divisão do regional de Santiago Sul.
“Constata-se uma estratégia concertada com o único intuito de prejudicar a equipa de futebol da Ribeira Grande”, refere um comunicado, rubricado pelo presidente da direcção, Hermenegildo Ferreira, alegando que nos dois jogos já realizados para o campeonato, as equipas de arbitragens têm sido a figura dos jogos.
A Associação Desportiva da Ribeira Grande diz-se indignada “com a equipa a ser o alvo preferencial da incompetência ou da actuação tendenciosa por ser a única equipa filiada na região Sul de Santiago que não é da Cidade da Praia”.
A direcção vai mais longe, ao ameaçar partir para outras formas de luta, caso persista o que considera ser “má vontade de ver a equipa da Ribeira Grande na competição”.
Refira-se que a equipa da Ribeira Grande perdeu os dois jogos do campeonato ambos por uma bola a zero, diante do Celtic (jornada inaugural) e Académica, ontem, em jogo da segunda rodada.
SR Inforpress/Fim (www.inforpress.cv)

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Manuel de Pina indignado com Rui SemedoManuel de Pina responde Rui Semedo: “Venham à lã para saírem tosquiados”

15 Nov, 16:30h

“O GOVERNO DO PAICV AUMENTA O COMBUSTÍVEL TRÊS VEZES NUM ANO, E DEPOIS O PAICV ACUSA-NOS DE AUMENTAR O PREÇO DOS TRANSPORTES ESCOLARES: HÁ SERIEDADE NISSO?”
Indignado, Manuel Monteiro de Pina é incisivo: “O não senso deste disparate vai ao ponto de, pelos vistos, ignorar que a Comissão Instaladora do Município, do seu partido (o PAICV) deixou uma dívida de três mil contos com os transportes escolares. Isso Rui Semedo não diz. É para ser levado a sério?”. “Mas há mais”, diz Manuel de Pina. “Rui Semedo teve o atrevimento de vir com a balela de que os três autocarros para os transportes escolares, colocados ao serviço pela Câmara, foram adquiridos com o apoio do Governo. O descaramento é tanto que nem sequer percebe que ao dizer isso está a melindrar a Cooperação estrangeira. Os autocarros foram adquiridos com o apoio da Cooperação Luxemburguesa, tendo a Câmara da Ribeira Grande ainda participado com 80 contos”.
Cidade Velha, 15 Novembro – Indignação e perplexidade: esta a reacção dos autarcas da Ribeira Grande de Santiago pelo que consideram “desfaçatez” do líder da bancada parlamentar do PAICV, Rui Semedo, em declarações a Expresso das Ilhas, depois de uma visita àquele concelho. “Ou esse senhor não conhece Cabo Verde, desconhece a política do seu Governo e ignora o que o PAICV fez, ou então tem um nariz enorme, do tamanho que Pinóquio tinha sempre que mentia”. “Esse senhor deputado parece desconhecer que o Governo do seu partido aumentou o preço do combustível três vezes no último ano, mesmo quando o preço do petróleo já estava em queda a nível internacional”, disse a Liberal, desde Estrasburgo, onde se encontra para assinar a geminação com Guimarães, o presidente da Câmara da Cidade Velha, Manuel Monteiro de Pina: “Esse senhor aplaude que o seu Governo aumente o preço dos combustíveis e depois critica-nos por aumentar o preço dos transportes escolares!”. “Deve estar de certeza a brincar. Um deputado tem a obrigação de saber o que diz e não ser um fala-barato”.
Indignado, Manuel Monteiro de Pina é incisivo: “O não senso deste disparate vai ao ponto de, pelos vistos, ignorar que a Comissão Instaladora do Município, do seu partido (o PAICV) deixou uma dívida de três mil contos com os transportes escolares. Isso Rui Semedo não diz. É para ser levado a sério?”.
“Mas há mais”, diz Manuel de Pina. “Rui Semedo teve o atrevimento, e é de atrevimento e de despudor que se trata, de vir com a balela de que os três autocarros para os transportes escolares, colocados ao serviço pela Câmara, foram adquiridos com o apoio do Governo. O descaramento é tanto que nem sequer percebe que ao dizer isso está a melindrar a Cooperação estrangeira. Os autocarros foram adquiridos com o apoio da Cooperação Luxemburguesa, e também da FVED – Cape Vert e da Luxembourg Phormation Sans Frontières, tendo a Câmara da Ribeira Grande ainda participado com 80 contos”.
“Se Rui Semedo não sabe, que fique calado. Não minta. Tenha vergonha da sua ignorância”, disse Manuel de Pina. “Tanto disparate junto, tanta mentira, enjoam. Vir com a história de que a electrificação é obra do Governo… A electrificação é obra do Município. Se o Governo do PAICV quer apresentar obra sua, que a faça. Em vez de discursos e propaganda faça obra. É para isso que é Governo. E se fizer obra, até somos capazes de aplaudir. Agora enfeitar-se com louros dos outros é que não”.
E quanto às frentes de trabalho, Manuel Monteiro de Pina remata: “Mais uma vez perdeu a oportunidade para estar calado. É que ao levantar essa questão, obriga-nos a lembrar-lhe que, logo após as eleições, ainda antes de tomarmos posse, o seu Governo, sem pejo, mandou encerrar as frentes de trabalho, situação que encontrámos ao assumir a Câmara. Pura vingança, desrespeito pelas populações, por ter perdido as eleições. É preciso recordar-lhe isso?”. E num aparte: “até gosto que Rui Semedo e outros venham com essas coisas. É oportunidade que nos dão para tornar público a realidade da política do seu partido e do seu Governo. Venham portanto à lã, para saírem tosquiados”. (www.liberal-caboverde.com)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

CIDADE VELHA E GUIMARÃES GEMINAM-SE EM ESTRASBURGO, SOB A ÉGIDE DA UNIÃO EUROPEIA

12 Nov, 09:15h
Dois berços de nacionalidades estreitam laços de cooperação

O berço da nacionalidade portuguesa, Guimarães, gemina-se com o berço da nacionalidade cabo-verdiana, Cidade Velha: sob a égide da União Europeia, dois municípios com importância histórica constroem laços de cooperação para o desenvolvimento sustentado nos valores culturais do seu património
Cidade Velha, 12 Novembro – Manuel de Pina é um dos autarcas de Cabo Verde que esta semana segue para Estrasburgo, França, onde, sob a égide da União Europeia, UE, serão assinados no dia 17 acordos de geminação entre alguns municípios cabo-verdianos e municípios portugueses. No caso da Ribeira Grande de Santiago, Câmara a que Manuel Monteiro de Pina preside, há a assinalar o entrelaçamento entre dois berços de nacionalidades que historicamente têm entre si estreita afinidade: a Cidade Velha, berço da nacionalidade cabo-verdiana, estreita-se, nesta geminação, com Guimarães, berço da nacionalidade portuguesa.
Para além dos instrumentos para o desenvolvimento que estas geminações sob a égide da UE comportam para a Ribeira Grande de Santiago, o estreitar de laços com Guimarães - cidade no coração do Minho cuja vitalidade, traduzida no seu dinamismo económico, que lhe permitiu vencer a crise da indústria de confecções em Portugal, e fazer dela um pólo cultural e turístico -, a Cidade Velha valoriza ainda mais o seu património histórico, candidato a património da Humanidade.
Liberal sabe que a Ribeira Grande de Santiago tem como projecto, em termos de relações externas, construir uma rede de relacionamentos que, em simultâneo, diversifiquem cooperações e acarretem mais-valias para a linha de desenvolvimento que vem definindo – centrada no património, na cultura, nas referências históricas e no turismo. Para já, a Cidade Velha tem já estreitos laços de cooperação com Lagos, cidade do sul de Portugal de onde partiu a expansão marítima portuguesa, e encetou entendimentos com Évora, que é património da Humanidade e cabeça da rede ibero-americana de cidades património.

Rui Semedo afirma que tem havido discriminação política no município de Ribeira Grande de Santiago

2008-11-12 16:11:58
Praia, 12 Nov (Inforpress) - O líder parlamentar do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Rui Semedo, afirmou, terça-feira, que tem havido discriminação política no município de Ribeira Grande de Santiago (antiga Cidade Velha), mais concretamente na localidade de Chã Gonçalves.
Rui Semedo fez esta denúncia em declarações à Inforpress, na sequência da visita de uma semana que os deputados nacionais e municipais do PAICV efectuaram a alguns bairros periféricos da Praia e ao município de Ribeira Grande de Santiago.
De acordo com aquele parlamentar, as pessoas estão a ser tratadas “em função da sua cor política”, sendo discriminadas em termos de benefícios em equipamentos escolares, no emprego e no trabalho disponível nas frentes de alta intensidade de mão-de-obra (FAIMO).
O deputado do PAICV discorda também do preço que vem sendo praticado no transporte dos alunos, que considera excessivo, porquanto, disse que o autocarro para o transporte escolar foi comprado pela anterior gestão da Câmara Municipal em parceria com o Governo, numa política que visava melhor servir as famílias mais carenciadas.
Todavia, Semedo congratula-se com o facto de existir esse serviço, que considera ser importante para a população estudantil.
Rui Semedo colocou, por outro lado, a questão dos atrasos que se tem verificado no processo da electrificação rural naquele município, particularmente nas localidades de Santana, Calabaceira, João Varela, Gouveia e São João Baptista.
OM
Inforpress/Fim (www.inforpress.cv)

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Manuel de Pina: “Somos um paraíso e queremos continuar a sê-lo”


A Cidade Velha quer ser uma alternativa à Praia. Depois de "arrumar" a casa, durante os primeiros cem dias de governação, a actual equipa camarária está a desencadear um conjunto de acções de modo que as localidades cresçam de forma organizada com um plano urbanístico detalhado que dê uma" boa" imagem à cidade. "Somos um paraíso e queremos continuar a sê-lo", conforme o edil ribeiragrandense, Manuel de Pina, em entrevista ao Expresso das Ilhas.


De acordo com o presidente da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, a Cidade Velha, pelo seu aspecto físico organizacional e pela sua tranquilidade, é um paraíso comparado à cidade da Praia, que nos últimos tempos tem sido abalada pelo fenómeno da insegurança. Para manter tal característica e ser uma alternativa à Praia, a autarquia da Ribeira Grande pretende valorizar o seu aspecto em termos de urbanização, ou seja, todas as localidades deverão crescer de forma planeada e urbanizada.
"Nós estamos a preparar a nossa cidade nesse aspecto, para que as zonas cresçam de uma forma organizada e que sejam uma alternativa à Praia em termos de procura", afiançou o autarca, para quem este processo de candidatura a Património Mundial da Humanidade está a dar uma outra dinâmica de desenvolvimento ao município que agora tem um outro valor acrescentado, como é exemplo do preço dos terrenos.
"É uma oportunidade para o concelho, sobretudo o desenvolvimento no sector do turismo. Por isso, tudo iremos fazer para materializarmos esse objectivo", disse Pina, ressalvando que a sua viagem a Évora teve também como propósito beber da experiência desse município que também passou pelo mesmo processo.

Cooperação

Após reactivar os laços de cooperação com o município de Lagos, a Cidade Velha prepara-se para um enlace com mais dois municípios portugueses no quadro do processo de geminação com Évora e Guimarães. Este último será assinado a 17 de Dezembro, um acordo de geminação que poderá vir a ajudar no financiamento de vários projectos. Segundo o edil da Ribeira Grande de Santiago, foram apresentados à União Europeia (UE) cerca de 4 milhões de euros em projectos e que possivelmente serão financiados no quadro deste acordo. "São quatro programas. Trata-se do Saneamento Básico e Ambiente, Plano Estratégico de Desenvolvimento Turístico e Desenvolvimento Rural, Plano Urbanístico, Habitação Social e Electrificação Rural, e Promoção do Desporto", especifica o edil, Manuel de Pina, salientando que cada um dos programas têm no máximo dezasseis projectos cada.
Com Goré, um dos municípios senegaleses, está a ser estudada a possibilidade de uma geminação na qual a Cidade Velha irá procurar recolher toda a experiência para maximizar esta oportunidade de candidatura a Património Mundial. Uma ideia que está prestes a se concretizar, conforme o presidente da CM.

Água, Energia e Educação

Como candidato a Património Mundial da Humanidade, a Cidade Velha tem na só oportunidade de desenvolver como também uma pesada responsabilidade em criar as condições mínimas e necessárias para estar à altura desta graduação. A mudança do rosto da cidade passa não só pela melhoria das condições de habitabilidade das famílias como também pelo alargamento da rede eléctrica às zonas que dispõem de total cobertura e da rede de abastecimento de água, cuja situação está quase estável. Sobre o precioso líquido, de acordo com Manuel de Pina, já há um projecto - "Cada família uma torneira" - a ser desencadeado pelo INGRH, nas zonas de Salineiro e Porto Mosquito. Alto Gouveia, Santana e Belém são as demais localidades a ser integradas no programa. "Pensamos que até o final deste ano já teremos verbas disponíveis para arrancar com o projecto", disse Pina, avançando que para o caso da zona central da Cidade Velha, todas as famílias terão água ao domicilio, cobrindo até ao primeiro trimestre de 2009 cerca de 60 por cento das localidade daquele município.
Quanto à energia eléctrica foram contempladas há bem pouco tempo as localidades de Santana, João Varela, Porto Mosquito e São João Baptista, faltando apenas cinco zonas por cobrir, de forma a aumentar a taxa de cobertura eléctrica no concelho da Ribeira Grande de Santiago. Manuel de Pina está expectante quanto aos projectos apresentados à UE, já que deles fazem parte algumas das iniciativas da Câmara Municipal para o melhoramento do nível de vida das populações.
O sector da Educação é uma das prioridades da gestão da nova equipa, que pretende ainda esta semana entregar um total de 30 bolsas de estudo a estudantes que frequentam o ensino superior na Universidade de Cabo Verde. Além deste gesto, o edil ribeiragrandense, segundo conta, manteve contactos com a Escola "Magestil", em Évora/Portugal, no sentido de adquirir materiais académicos, como livros, computadores e um apoio financeiro para ajudar os estudantes a cobrir os custos de passe social. "Estamos a fazer o transporte dos alunos para a cidade da Praia. Os estudantes pagam 50 por cento do valor estabelecido e a Câmara Municipal a outra", garantiu.
Paralelamente, acrescenta o edil, estão a participar de uma formação com o apoio da autarquia local, na área de Guia Turístico, cerca de 20 jovens.

Pina refuta acusações do PAICV

Questionado sobre algumas "anomalias", denunciadas pelo PAICV, através do seu deputado Franklin Ramos, como "os desmandos da Câmara Municipal da Ribeira Grande", Manuel de Pina refuta-as e afirma que "quem está na ilegalidade é o PAICV e não a Câmara Municipal da Ribeira Grande ou o seu presidente".
A começar, Pina diz que só o relatório de inspecção poderá revelar a deficiência organizacional da gestão cessante, que deveria assinar desde o primeiro dia da tomada de posse a passagem da Câmara Municipal para a actual equipa.
Quanto ao alegado despedimento de funcionários sem justa causa, Pina afirma que esta faz parte da nova filosofia de gestão. É que segundo o mesmo, foram despedidos dois condutores porque eram contra as iniciativas, programas e objectivos da autarquia local. "Nós pusemos termo a três contratos de trabalho que já tinham prazo de validade. Não renovamos pura e simplesmente os contratos que já tinham prazo de validade. Nesses moldes, a Câmara não é obrigada a renová-los", deixou saber o edil, assegurando que os funcionários em causa não estavam interessados no desenvolvimento do concelho. "São pessoas que são contra as realizações físicas da câmara", garantiu.
Uma outra situação levada a público pelo PAICV é o do pagamento a trabalhadores da frente de alta intensidade de mão-de-obra. De acordo com o PAICV, a Câmara Municipal da Ribeira Grande teria pago o vencimento dos trabalhadores em detrimento dos resultados das eleições autárquicas. Uma acusação que no dizer de Pina não corresponde à verdade, uma vez que a edilidade começou por pagar os traba-lhadores das zonas mais carenciadas como Mosquito d´Horta e Tronco. "Deixaram uma frente de trabalho por pagar, cujo montante é de 4 mil contos. Nós temos tentado desblo-quear a verba junto do Ministério das Finanças. Conseguimos desbloquear apenas 2mil contos. Com essa verba fizemos o que achamos mais justo. Dividimos por freguesia; começamos por pagar os trabalhadores da freguesia de São João Baptista por acharmos que é mais carente e deixamos o Santíssimo Nome de Jesus para uma segunda parte. Nesta lógica, pagamos as localidades onde perdemos as eleições", disse o edil, avançando que os trabalhadores das restantes zonas ainda não receberam, porque ainda não se procedeu a transferência das verbas.
Conforme Manuel de Pina, a então Comissão Instaladora empregou cerca de 600 pessoas sem ter uma cobertura orçamental, o que na sua pessoa é crime e constitui crime pelo qual vai ter que responder. "Vamos ter de arranjar enquadramento orçamental para pagar as pessoas que eles puseram a trabalhar sem terem cobertura orçamental. Quem está na ilegalidade é o PAICV. Nós estamos aqui a trabalhar com honestidade", assegurou, que a dinâmica da actual gestão é "séria", por isso não há como tentar manchar nem a edilidade, nem a sua política de gestão.
Garantiu o edil que um dos objectivos da Câmara Municipal é gerar empregos sistematizados e não ocasionais. Como tal, acredita que se dever antes de tudo investir na formação profissional para o desenvolvimento económico do concelho, que conhecerá um desenvolvimento imprescindível na área do turismo. "Elegemos o turismo como alavanca do concelho e todos os sectores vão sintonizar-se com o do turismo. Pensamos que se tivermos o turismo a funcionar automaticamente haverá mais empregos para as pessoas", considerou.
8-11-2008, 18:55:58HTA, Expresso das Ilhas (http://www.expressodasilhas.cv/)

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

ELECTRA AMEAÇA DESENVOLVIMENTO DA RIBEIRA GRANDE DE SANTIAGO

3 Nov, 14:42h
Apagão permanente na Cidade Velha

Pretendendo desenvolver-se com base no turismo atraído pelo valioso património arquitectónico, a Cidade Velha vê a ELECTRA cortar-lhe as pernas: que turista está disposto a suportar prolongados apagões? E quem se dispõe a investir em semelhantes condições? - são perguntas que Liberal ouviu hoje na Ribeira Grande de Santiago
Cidade Velha, 3 Novembro – Na Ribeira Grande de Santiago, a 15 km da cidade da Praia e candidata a património da Humanidade, o apagão está a ser lei geral imposta pela ELECTRA. Vai para quatro dias que este município está sem electricidade, o que a deixa sem acesso à Internet, para além de outros transtornos muito graves. Pretendendo desenvolver-se com base no turismo atraído pelo valioso património arquitectónico, a Cidade Velha vê a ELECTRA cortar-lhe as pernas: que turista está disposto a suportar prolongados apagões? E quem se dispõe a investir em semelhantes condições? - são perguntas que Liberal ouviu hoje na Ribeira Grande de Santiago. “Até parece que a ELECTRA quer sabotar a vontade de investir e quer o sonho de sermos património mundial”, disseram ao nosso jornal.
A ELECTRA, como é seu apanágio, estende o apagão ao seu dever de prestar esclarecimento sobre o que se passa. (www.liberal-caboverde.com)

Debates/Comentários

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