terça-feira, 3 de maio de 2011

Santiago/Sul: Ribeira Grande confirma permanência na primeira divisão

A equipa da Ribeira Grande de Santiago confirmou, sábado, a sua manutenção na primeira divisão do regional de futebol de Santiago Sul, ao empatar a uma bola em jogo da 18ª e última jornada da prova.


Na entrada desta rodada, os rapazes da Cidade Velha almejavam um ponto, mas festejaram a manutenção antes de entrarem no campo, já que na véspera o seu concorrente directo nesta lufada, o Celtic, perdeu frente ao Sporting da Praia por duas bolas a zero.

Com esta derrota dos celtiquenses, a formação da Ribeira Grande soma 20 pontos, contra 16 do Celtic, equipa que corre o risco de ser despromovida automaticamente após o encerramento do campeonato, caso o Bairro vença a Académica.

É que o Bairro conta 14 pontos e em caso da vitória ultrapassa o Celtic. Caso contrário, se empatar ou perder, os bairrenses baixam à segundona e o Celtic vai disputar a liguilha.

(www.expressodasilhas.sapo.cv)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Afinal existe pobreza

Algum tempo atrás pude ver uma notícia sobre entrega de casas por parte da Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago às famílias em Porto Mosquito, onde uma beneficiada disse “ami nunka n’ka anda na azuleju, hoji n’ta xinta na sanita”. Estava ela a referir-se do “luxo” que a câmara lhe entregara. Na altura achei isto uma autêntica comédia. Sempre que esta câmara faz qualquer coisa nas localidades do município, as entrevistas às populações são sempre casos de risos.


Mas desta última vez foi ao contrário. Eram 22h e qualquer coisa (hora de Londres), estava eu sentado na biblioteca da London School of Economics, à frente de algumas pessoas, com alguma variedade de nacionalidade, e tinha aberto o site da RTC e, encontrava-me a ver o Jornal Nacional. De repente aparece a notícia sobre a entrega de casas em Pico Leão, mais uma vez pela CMRGS.


Sem conseguir conter as lágrimas, os que estavam à minha frente não deixaram de ver-me a enxugá-las. Devem ter pensado, um homem preto afinal também chora. Mas afinal o que causou esta situação? Uma simples entrevista. Uma senhora já de idade descreve a situação em que se encontrava a sua casa. Diariamente preocupava-se com o derrocar do tecto mesmo durante o sono. Quando chove, não tem por onde ir, porque tudo e por todo o lado fica encharcado. Não pude ficar indiferente perante esta situação. A emoção do falar desta senhora levou-me a ver que afinal existe pobreza no meu país para além da minha imaginação. E pior é que ela está bem perto de mim.


Os políticos fazem-nos crer que está tudo bem, alguns exaltam que somos um país de rendimento médio, mas eu pergunto onde está a mediana, e a que distância fica dos cantos? Será que esta entrevista também comoveu os responsáveis políticos? Será que ainda não chegou a hora de vermos a real situação do país e trabalharmos como deve ser? Será que essas pessoas não têm o direito de sentir o que realmente é rendimento médio?


Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago, apenas vos suplico que continuem a trabalhar para a dignidade das famílias deste município, e as outras câmaras que façam o mesmo nos seus municípios. Ao Governo apenas suplico que não deixe as câmaras sozinhas.


Gilson Pina

quinta-feira, 14 de abril de 2011

GRANDE AZÁFAMA NO BERÇO DA NAÇÃO

Chegada de ofertas e visitas pautaram o dia da cidade Património da Humanidade. Ficaram indícios de possíveis novas e boas maneiras por parte do Governo. Para que Cidade Velha registasse bem o acto, o cortejo de ofertas entrou na velha urbe ao som da sirene da ambulância nova.,tal como, horas antes, o cortejo parlamentar chinês chegou a Cidade Velha acompanhado pelo som das sirenes dos batedores da Polícia

Cidade Velha, 13 Abril – A vice-Presidente da Assembleia Popular da República Popular da China, senhora Chen Zhill, visitou esta tarde o Berço da Nação, sendo recebida pelo Presidente do Município, Manuel Monteiro de Pina, enquanto no Convento de S. Francisco (também Cidade Velha) se concluíam dois dias de retiro do Executivo de José Maria Neves para, entre outras coisas, preparar o programa governamental a ser presente na Assembleia Nacional. Enquanto isso, a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago aguardava a chegada à Cidade Velha de uma ambulância ofertada pela Ribeira Grande dos Açores e de um autocarro enviado pela Câmara Municipal de Lagos, finalmente “libertados” da Alfândega da Praia onde estagnavam há algum tempo. Um camião de recolha de lixo, igualmente oferecido pela Câmara de Lagos, ficou parado à porta da Alfândega porque a sua bateria certamente se cansou de esperar nas instalações aduaneiras – deve seguir esta quinta-feira para a Cidade Velha.

Para que Cidade Velha registasse o acto, o cortejo de ofertas entrou na velha urbe ao som da sirene da ambulância nova. Tal como, horas antes, o cortejo parlamentar chinês chegou a Cidade Velha acompanhado pelo som das sirenes dos batedores da Polícia.

Foi, assim, dia de muita agitação na cidade Património da Humanidade. Importa assinalar que, desta feita, segundo informação chegada ao nosso jornal, o Governo teve o cuidado de informar a Câmara da sua reunião: um gesto de civilidade e boa educação que, por contraste com velhas maneiras dos governos de José Maria Neves, parece indiciador de que se, se só por isso as regras democráticas não entram nos usos e costumes, pelo menos entram as da boa educação.

(www.liberal.sapo.cv)

domingo, 3 de abril de 2011

ESCOLA-OFICINA DA CIDADE VELHA RECEBEU HOJE OS SEUS ALUNOS




A Escola-Oficina recebe 80 alunos distribuídos por três cursos: Construção Civil, Transformação de Produtos Agrícolas e Energias Alternativas. Os alunos da Escola Oficina, segundo um modelo criado e desenvolvido em Espanha, estão desde início ligados à actividade produtiva, razão pela qual auferem uma compensação salarial

Cidade Velha, 1 Abril – Com a apresentação dos respectivos alunos, tiveram esta manhã início as aulas na Escola-Oficina da Cidade Velha. Trata-se de um projecto patrocinado pela Cooperação Espanhola, de que a Câmara Municipal da Ribeira Grande de Santiago é promotora, envolvendo uma parceria que engloba, além destas duas entidades, a Direcção Regional de Agricultura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Instituto de Emprego e Formação Profissional e o Instituto do Património Cultural.

No seu primeiro ano de actividade, a Escola-Oficina recebe 80 alunos distribuídos por três cursos: Construção Civil, Transformação de Produtos Agrícolas e Energias Alternativas. Os alunos da Escola Oficina, segundo um modelo criado e desenvolvido em Espanha, estão desde início ligados à actividade produtiva, razão pela qual auferem de uma compensação salarial, na qual será deduzida uma parcela a reter na fonte, que será integralmente paga no fim do curso – trata-se de um incentivo e apoio à sua instalação como empreendedores. Tendo em conta que a Ribeira Grande de Santiago é um município com elevada taxa de pauperização e onde grassa avultado desemprego (perto de 40 por cento da sua população activa), fácil é compreender como este apoio espanhol traz nova luz para o futuro dos ribeiragrandenses.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Assinatura do Protocolo Açores-RGS

Participa ou não participa

Depois de uma sondagem no sitio dos ERGS, em que os estudantes mostraram favoráveis a participação do Presidente da CMRGS, Dr. Manuel Monteiro de Pina, no IV Encontro dos ERGS realizado no Porto, alguns nos seus devidos direitos vieram manifestar a sua oposição quanto à esta participação. Uma coisa tem de ser esclarecida. A participação do Presidente não se deveu ao facto de ele ser pai de um dos estudantes da RGS, mas sim pela sua preocupação e interesse em saber e acompanhar o estado em que nós vivemos aqui em Portugal. Para ser mais directo, alguns pensam que ele veio porque eu o pedi. Nada mais falso. Para informação de todos e principalmente desses que são contra, nunca o meu nome (Gilson Pina) esteve presente na intermediação do convite ao Senhor Presidente. Na primeira vez o convite foi subscrito pelo então presidente de AECVC, Samir Silva, e a segunda vez o convite foi subscrito com o nome de Gilson Tavares, o nosso conhecido Papango. Nunca nenhum convite levou o meu nome escrito por baixo. E sempre os assuntos foram tratados de forma formal, via secretariado e não directo com o presidente. Em Cabo Verde a oposição (PAICV) diz que a câmara envia os estudantes para cá e depois deixa-os abandonados. Falso. Em Portugal o presidente vem inteirar-se da situação dos seus estudantes, alguns (penso que não estão conectados com a oposição) dizem que vem fazer política. Falso. Por favor decidem e sabem o que realmente querem. Muitos pensam que quando o Presidente vem ao Encontro está a gastar dinheiro da câmara. Falso. Os apoios que ele consegue tanto para ajudar na RGS como para os próprios estudantes aqui em Portugal são superiores aos mil euros que ele gasta na sua estadia aqui em Portugal. E é de referir que a nossa câmara quase não tem apoio do Governo de Cabo Verde... Nos dois primeiros encontros tentei trazer o então presidente da Comissão Instaladora, Dr. José Veiga, mas este por falta de tempo ou desinteresse nunca chegou a participar. Por favor não vêm a dedicação do Dr. Manuel Monteiro Pina com maus olhares ou quem sabe dor de cotovelo. Já estou farto desses tipos de atitudes. PS: este ano, por causa de falecimento do nosso grande amigo e familiar de alguns, Vla de Fulu, o encontro teve de ser cancelado. Mas não quer dizer que os outros não podem organizar. Todos podem ter a iniciativa e são livres de o fazer. Um grande abraço para eles e beijos para elas. Gilson Pina

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