quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

ARQUEÓLOGOS BRITÂNICOS ENCONTRAM NOVOS ACHADOS NA CIDADE VELHA



Visão da antiga Ribeira Grande de Santiago terá que ser reformulada



Cidade Velha, 18 Fevereiro – As trincheiras que os arqueólogos da Universidade de Cambridge estão, desde a semana passada, a abrir na Baixa da Cidade Velha já conduziram a novos achados: quase em frente das instalações da Câmara Municipal da Ribeira Grande foram encontrados, em duas camadas sobrepostas, vestígios de dois pavimentos de rua. A camada mais inferior (a cerca de um metro de profundidade), em calçada, datará do século XV ou XVI; a camada superior (uns 20 centímetros mais acima), datará do século XVII, segundo foi dito a Liberal por um dos arqueólogos.


As investigações em curso, que implicam a abertura de valas de acordo com um plano elaborado pelos arqueólogos e aprovado pela Câmara, vêm na continuidade dos achados havidos durante os trabalhos para a instalação da rede de água e saneamento da Cidade Velha. E parecem apontar para a necessidade de repensar a configuração que a cidade da Ribeira Grande teve nos seus tempos áureos. É que foram encontrados vestígios de um cais de mar que se situava em local muito adentrado no que hoje é terra, e um cais fluvial muito deslocado do que é hoje o leito seco da Ribeira. Quer isto dizer que a Cidade se localizava numa parte mais interior do que é hoje Cidade Velha e que a Ribeira era muito mais ampla do que o actual leito seco mostra. Também o casario se situava num plano muito mais adiantado.


Em consequência, o pelourinho da Cidade Velha nunca se ergueu (no passado) onde hoje se encontra – algo que há muito vinha sendo questionado -, nem o terreiro em volta desse pelourinho existiu então e muito menos terá sido “terreiro dos escravos”.


É uma visão nova da antiga Ribeira Grande de Santiago que os arqueólogos estão a revelar. (http://www.liberal.sapo.cv/)

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