quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A “fuga de cérebros”



São inúmeras causas e problemas apontados como sendo bloqueadores do bom desempenho económico dos países da África Subsariana, mas são poucos os que dão ênfase à chamada “fuga de cérebros” para o exterior.
Muitos alunos africanos que vão estudar no exterior são confrontados com “boas ofertas de emprego”, e acabam por não regressarem à “casa”, por causa da falta de condições existentes nos seus países.
Certo estava Ramiro Monteiro ao analisar o modelo de Galbraith onde concluiu que não havendo recursos humanos capazes, dificilmente a África conseguirá estabelecer um governo eficaz, dada a carência de elites instruídas e competentes para ocupar cargos políticos, administrativos e económico-financeiros. Com o não regresso desses “cérebros” a África continua no seu ciclo vicioso: más elites, fracos governos, deficiência no sistema de educação, conduzem novamente a más elites e fraqueza cultural geral da sociedade. É a partir deste fenómeno que se pode explicar o porquê das inúmeras causas do fraco desempenho económico na África Subsariana.

Gilson Pina
Estudante de Mestrado em Economia, na FEUC (http://www.mundouniversitario.pt/)

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