quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Raridade africana

Notícia: «primeira-dama angolana deixou uma gorjeta de 25 mil dólares aos empregados num restaurante no estrangeiro». $25.000 USD!; «a primeira-dama da Zimbabwe, enquanto o esposo estava a participar numa cimeira da FAO contra a fome, levantou do Banco Central uma quantia de 80 mil dólares para gastar nas ruas italianas». $80.000 USD!
Um estudante, durante 5 anos a estudar, excluindo as propinas, com uma mesada de 350 euros não excedia a quantia da gorjeta oferecida pela primeira-dama da Angola, quanto mais a quantia gasta pela mulher do presidente de Zimbabwe. São estas raridades que temos em África. Aquela gorjeta podia ser transformada num diploma para um angolano ou quem sabe sustentar duas ou três famílias por um tempinho. A quantia gasta podia formar três ou quatro zimbabueanos, como também eliminar um pouco de fome naquele país.
Resta alguma dúvida de que os governantes deste continente são os melhores para tirá-lo da dita armadilha da pobreza? Resta sim, a cada um africano que estuda no estrangeiro regressar ao seu país e tentar lutar para o que é seu. Pode não usufruir de momento, mas os filhos e os netos irão usufruir e agradecer. Exemplo disto vê-se num grupo que lutou pela democracia em Cabo Verde e hoje aquele país é o mais democrático da África.


Gilson Pina
Estudante de Mestrado em Economia, na FEUC (www.mundouniversitario.pt)

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